terça-feira, 26 de novembro de 2013

Culpa Não, Responsabilidade Sim!

Faz um tempinho que não escrevo por aqui, ando muito atarefada... mãe/professora em final de semestre já viu...

Mas hoje na timeline do meu facebook vi uma postagem da campanha Culpa Não! da Revista Pais & Filhos que realmente me deixou muito incomodada, não só pelo conteúdo (que em geral não é lá essas coisas), mas pelo desserviço que está prestando.

O texto tem o seguinte título: Há um ano: leite em Pó.

E continua com o seguinte subtítulo: A tal moda de amamentar está me dando fome... E todos os adultos achando que estou chorando por cólica

O texto é narrado por um bebê que chora de forme porque a mãe com pouco leite insiste em amamentá-lo é de extremo mal gosto e sem fundamento pois:

1. Ridiculariza a amamentação reduzindo-a a uma moda;
2. Estimula o consumo de leite em pós sem qualquer outra orientação, e todos sabemos que bebês não podem tomar leite em pó (tipo integral) até um ano, antes dessa idade tem que tomar fórmula láctea adaptada.
3. Insinua que o leite em pó tem todas as propriedades do leite materno.

Sei que perto dessa empresa sou apenas uma "mãezinha" mas mesmo assim me sinto no dever de dividir minha experiência e alertar mais uma vez sobre esse assunto.

Marina está com 1 ano e 5 meses, mama muito até hoje, de dia e de noite, não quero me exibir ou dizer que sou melhor mãe que ninguém.

Sou uma mulher normal, e para mim no início, a amamentação também foi difícil, quando ela nasceu era pequena, a pega não foi boa, não fui orientada direito na maternidade e o resultado foi: dois bicos rachados e sangrando e muito leite "empedrado", durante o primeiro mês todo eu senti muita dor ao amamentar, mas sabia que era o melhor para ela e para mim e busquei apoio em grupos de mães na internet o que foi de muita ajuda. Mas em nenhum momento quis que minha filha passasse fome, cheguei a comprar uma lata de fórmula láctea para ela caso fosse necessário, mas não foi e acabei doando.

Nesse início de amamentação o que me manteve firme foi a informação que tinha de fontes corretas OMS, Sociedade Brasileira de Pediatria, Ministério da Saúde só para começar, além dos estudos e pesquisas científicas a que tenho acesso por causa da minha profissão que provam que o leite materno é o melhor alimento (para o corpo e para a alma) e que não pode ser copiado por nenhum fabricante de leite e que a fórmula láctea melhorou muito, é uma boa alternativa na impossibilidade de amamentar, mas não pode ser comparada ao leite materno.

Outra coisa que me manteve firme foi minha rede de apoio, do pai da minha filha, da família próxima e de outras mães no mundo virtual, sem apoio seria muito mais difícil.

Depois do primeiro mês meus seios sararam, a pega finalmente ficou ótima e consegui amamentar quase tranquilamente... quase porque Marina sempre foi magrinha e até ficar claro que essa era a estrutura dela sempre tinha alguém que vinha com essa estória dela estar com fome! Agora, pensem em como isso é cruel com a mãe, você tá sendo acusada de deixar seu filho passar fome (como, inclusive o tal post sugere).

Hoje ela continua mamando, e mama em qualquer posição, muito engraçado! E tem uma coisa muito fofa que ela anda fazendo que é olhar para mim e dar um beijinho no seio quando termina de mamar e dizer "cabou" eu fico toda derretida, coisa mais linda da mãe :)

Mas nem tudo são flores como diz o ditado, em picos de crescimento ela quer ficar dia e noite mamando e se nega a comer, quase volta a amamentação exclusiva e isso demanda demais de mim que voltei a trabalhar fora, as vezes estou cansada, as vezes fico encucada achando que ela precisa comer... mesmo com tudo que sei não dá para fujir desse sentimento, lógico que depois desespero, paro, respiro e racionalizo.

Ainda tem o pré-conceito, muitos querem dizer que a mãe que dá leite artificial é que sofre preconceito, não acho, uma vez que essa parece ser a regra, já a mãe que amamenta e ainda por cima um bebê maior de 1 ano recebe muito olhares de reprovação, conselhos para desmamar, dicas e toda a sorte de besteiras que aprendi a ignorar solenemente fazendo a minha mais bela cara de alface.

Ninguém pode julgar uma mãe por amamentar ou dar leite artificial, cada caso é um caso, e é claro que quem não consegue amamentar ou não tem disponibilidade, sei lá... não precisa se culpar!

A questão é, amamentação é a melhor opção, mas não é tão instintivo como pensam, precisa de orientação, apoio e informação qualificada acessível. Distorcer as coisas, insinuar que as mães estão deixando seus filhos passarem fome não é legal, não mesmo!

Minha opinião pessoal, filho é responsabilidade nossa, decidimos ou aceitamos (no caso de gravidez não planejada) tê-los, temos a obrigação de nos informar, de entender suas necessidades e de provê-las, claro que isso tudo quando há possibilidade para tal.

Eu e Marina agradecemos a todos que nos ajudaram e que nos apoiam, a amamentação segue e vai seguir ainda por um bom tempo não sei precisar o quanto, realmente nesse caso é culpa não!



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Síndrome Pé Mão e Boca

Esses últimos dias foram uma loucura nessa casa, minha Maricotinha deu para adoecer, primeiro teve uma conjuntivite, depois um resfriado, daí quando tudo estava calmo e tranquilo.... no sábado ela começou com mal humor, choro por tudo, irritação e no domingo veio a febre, segunda bem cedo levamos a pediatra e veio o diagnóstico de estomatite, porém na terça ela amanheceu com bolhinhas também nas mãos, pés e área da fralda, ou seja, um caso clássico da tal síndrome pé-mão-boca.

Essa doença é uma virose, causada pelo vírus Coxsackie, que é altamente infeccioso, "ataca" mais as crianças menores de cinco anos. 



Os sinais e sintomas são:

Febre - que é variável, tem criança que nem tem;
Aftas na garganta e boca;
Depois podem aparecer bolhas pequenas avermelhadas e amareladas no centro, na mãos e pés, podendo também aparecer na área da fralda.



O ciclo do vírus dura de 5 a 7 dias, a doença regride sozinha e o tratamento é só sintomático.

O que estamos fazendo aqui para aliviar os sintomas são:

Atenção redobrada na higiene tanto da Marina (limpeza da boca, banho, manter sequinha, roupas arejadas) quanto nas coisas dela (copos, pratos, talheres, roupas, brinquedos)...

Tratamento sintomático da febre e inflamação com medicamento prescrito pela médica dela, spary de própolis para a boca que tem uma propriedade anti-infecciosa e cicatrizante natural, bom hidratante para a pele.

Alimentação: continua mamando na mamãe aqui, além disso suspendi sucos e frutas cítricas, ela tem aceitado comidinha mais pastosa e fria. Boas pedidas são sorvete de banana (congela a banana e depois bate no liquidificador, serve em seguida) porque a banana tem tanino, ajuda na cicatrização e é geladinha. Outro suco legal é o de caju, se for da fruta mesmo é mais legal.

Não esquecer de hidratar bem, porque como fica com dificuldade de engolir a criança pode desidratar, então vale oferecer sucos, água de coco, água, mamar, o que a criança preferir.

Importante:

A) O diagnóstico é feito só pelos sintomas, não precisa de exame complementar, até porque eles já estão tão incomodados que é até maldade tirar sangue ou qualquer outro procedimento invasivo sem necessidade.
B) É uma virose, de nada vai adiantar usar antibióticos.
C) Fique de olho na febre a nos sinais de hidratação da criança, ao menor sinal de desidratação leve a um serviço de saúde.

Mas confesso que apesar de saber que vai passar, que as bolhas das mãos e pés não doem (pelo menos é o que diz a literatura) eu tô morrendo de dó da minha bichinha, não vejo a hora dela melhorar.